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A maternidade na era digital: equilibrando conexões reais e virtuais

Foto do escritor: Profissional FrissonProfissional Frisson

É inegável que a tecnologia possibilita o compartilhamento de saberes e o amplo acesso a informações. Vários avanços promovidos por isso. A facilidade na busca de conhecimento e compreensão sobre assuntos e aspectos do cotidiano e temáticas mais complexas que são encontradas na internet são ilimitadas.


Do mesmo modo, as redes sociais e a vida exposta nos feeds e stories tendem a gerar a sensação de proximidade, de redução de barreiras e de uma conexão mais acessível e simplificada.


No entanto, é essencial refletirmos sobre isso.

Torna-se claro, ou ao menos deveria, os efeitos paradoxais dessas sensações: da conexão à alienação, da inclusão à exclusão, do conhecimento à ignorância.

Ao vivenciarmos a maternidade, somos inundados por uma avalanche de informações, incluindo desinformação. Não se trata mais de conselhos vindos de parentes, amigas e irmãs, mas também da Internet, que segue sendo uma grande e potente fonte de pesquisa, conexão e apoio.

Buscar informações e orientações sobre a “maternidade perfeita” ou “ideal” tornou-se comum por meio de relatos, artigos, histórias compartilhadas, baseando-se no que é exposto. Esse cenário pode gerar angústia, estresse, cansaço, ansiedade e ainda mais sobrecarga, pois, além do tempo dedicado às redes sociais, a quantidade de informações é avassaladora e dificilmente é possível filtrar ou limitar o que chega. Até porque, junto com as informações, vem também cobranças, comparações, expectativas muitas vezes irreais, que podem intensificar a sensação de insuficiência e sobrecarga.


A relação entre mãe e filho se constrói na singularidade da própria vivência, baseada no que faz sentido para cada família. A tecnologia deve ser um recurso complementar, um apoio secundário, e não um substituto essencial para o desenvolvimento desse vínculo tão fundamental. Busque sim informações. Nutrir trocas, alianças, conversas, também através da Internet. Que os laços possam ser fortalecidos e aproximados e que redes socias possam cumprir este papel secundário nesse processo. É crucial que a tecnologia seja utilizada de forma equilibrada, respeitando a necessidade de conexão real e emocional entre mãe e filho, sem substituir a experiência direta e o afeto.


Sabrina Ribeiro Nobre

Psicóloga Clínica

CRP 06/85465

 

 
 
 

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